segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Feiras livres: Resistência popular e interesse turístico

 Fumo de rolo é resitência.

 Verduras na feira agro de Itabaiana.

 Gengibre, cascas de pau, temperos, folhas,...

Amendoim cozido - Patrimônio de Sergipe.
Imagens de Silvio Oliveira.

Publicado originalmente no Blog Sílvio Oliveira/Infonet, em 12/01/2017.

Feiras livres: Resistência popular e interesse turístico.

Um passeio pelas tradições populares das feiras de Sergipe

Barbeiro é um ponto de encontro na feira de Propriá (SE)
Quem disse que não há o que se ver em feiras livres do interior de Sergipe? Como nos mercados setoriais das grandes capitais, as feiras livres dos pequenos e médios municípios brasileiros são onde estão alguns pontos de resistência de cultura e locais de grande interesse turístico, quer seja gastronômico, humanístico, cultural, artístico e popular.

Basta escolher o roteiro – Baixo São Francisco, Alto Sertão, Agreste ou Centro-Sul - que mais lhe agrada e pé no chão, ou melhor, pé na rua para fazer um dos passeios mais incríveis pela cultura nordestina e secular de um povo.

As feiras dos municípios sergipanos acontecem a partir da quinta-feira. E aos sábados são lugares que convergem a população da região para elas, a exemplo de Itabaiana, Canindé do São Francisco, Tobias Barreto, Nossa Senhora da Glória e Propriá. São locais vivos de aspectos populares de uma geração através dos quais resistem um prato típico, um modo de enrolar o fumo, um estilo de debulhar o feijão de corda, o vendedor de sorvete de máquina, o pintinho colorido artificialmente, o vendedor de remédios caseiros e muita sabedoria popular.

O vendedor de LP já não toca mais a música do Luiz Gonzaga na feira livre de Propriá (SE), região ribeirinha localizada no Baixo São Francisco a poucos 99km de Aracaju, avisando que a “Rozinha ficou lá em Propriá”, mas o cheiro forte do fumo de rolo ainda pode ser encontrado, na mesma banca que se comercializa os cigarros falsificados. São as mudanças do tempo, mas que nas feiras ainda há pontos de resistências.

A feira livre do município acontece na avenida Tavares de Lira com cruzamento da avenida Martinho Guimarães e é um exemplo vivo de ricos aspectos populares mantidos nestas manifestações econômicas.

O tempero ainda é triturado ali mesmo, ao gosto do freguês. O coco seco já não é ralado “nas coxas”, como dizia antigamente, mas uma engenhoca faz o trabalho muito bem e a dona de casa leva raladinho para fazer as guloseimas, mas o “adicuri”, “coquinho”, “ouricuri”, ainda é vendido in natura, como gosta a criançada.

Passeando ainda mais por barracas, o turista irá perceber a generosidade dos tipos de peixes, dos pescados, do camarão de água doce presente no café da manhã dos ribeirinhos, além dos crustáceos e peixes de água salgada, demonstrando que ali hoje em dia são pescados no leito do rio de água doce. Trocadilho doce ou salgado, doces mesmo são as frutas.

Tamarindo, umbu, cajá, araçá são frutas de lugares mais áridos e lá na feira tudo tem. Mangaba e doces, sim, doces vendidos em feiras livres é uma tradição vinda das zonas rurais. Tem doces de frutas e de leite, além das delícias típicas da fazenda. Não deixe de observar as ervas e grãos estendidos ao chão.

Do cheiro do Velho Chico em Propriá, a subida é até a grande feira de Canindé do São Francisco onde os produtos ribeirinhos são convidados a dar passagens para os derivados do gosto do sertanejo, como a manteiga de garrafa, o queijo coalho e a raspa do requeijão, os derivados da tapioca, o mel, a goiaba e o quiabo bem presentes na região do Alto Sertão de Sergipe.

O clima quente não é empecilho para não se ter mesa farta nas feiras-livres do sertão. Em Canindé do São Francisco as mesas de madeiras nos restaurantes populares servem carneiro cozido, galinha de capoeira com macaxeira, cuscuz com ovo estrelado no caldo da carne frita,...

No “setor de cama e mesa” o cortinado é vendido sem nenhuma objeção aos repelentes. E se há venda, é porque ainda é procurado pelas bandas de cá do Nordeste, para emoldurar a cama e fugir dos mosquitos em tempo de Zika.

Tobias Barreto, já na divisa com a Bahia, na região Centro-Oeste do Estado, ficou famosa na década de 70 pela confecção de bordados, principalmente, pela realização da Feira da Coruja, assim chamada por ser realizada durante a madrugada da segunda-feira.

Os comerciantes que participam da feira trabalham 24 horas sem parar: das 17h do domingo, quando começa a montagem das barracas, até as 17 da segunda-feira, quando terminam de desmontar a estrutura da feira. São comercializados artigos de cama, mesa, banho, vestuário adulto e infantil além do artesanato, um forte segmento da cidade, motivando inclusive a criação de associações que reúnem grande número de artesãos.

Nossa Senhora da Glória tem feira denominada de Oásis do Sertão e vale a pena um bate-perna por lá.

Em Itabaiana, “onde se planta, tudo dar”, a feira toma proporções da região agro do Estado de Sergipe e ganha hortifrutigranjeiros de tudo que é tipo. Mas a resistência naquele pedacinho de shopping center popular está bem no meio, aos gritos, com o holofote em riste para saudar os que chegam ali e vender os seus produtos: o vendedor de medicamentos naturais. Tem remédio para curar calafrios, reumatismo, dor de cabeça, espinhela caída, dor nas juntas, dor de mulher parida, no pé do joelho, ferida, frieira e assim vai...

Em Itabaiana e em outros lugares do interior de Sergipe, a feira livre é sinônimo de um Nordeste que cresce, mas continua sendo lugar de resistência popular, que se concentra um vasto saber de um povo e, por consequência, ponto de interesse turístico e paisagístico. Vale a pena uma conferida.

Dicas de viagem

Todos os municípios sergipanos realizam feira-livre, a depender do dia, e geralmente iniciam logo no raiar do dia e finaliza ao cair da tarde.

Propriá fica distante 99km da capital, à beira do rio São Francisco e possui hospedarias com boa estrutura. O hotel do Velho Chico foi a estrela da hotelaria do interior do estado nos anos 80 e precisa de reforma, mas continua funcionando com uma bela vista panorâmica da ponte e da cidade.

Veja também a praia da Adutora, seguindo pela rodovia SE 202, sentido Amparo do São Francisco, já no município vizinho de Telha.

Agências de turismo da capital disponibilizam passeios de um dia para Propriá. Pode-se fazer um bate e volta partindo da capital Aracaju. Consulte-as.

Em Aracaju há passeios bate e volta para Canindé do São Francisco, distante mais de 199km da capital. O passeio até lá é convencional ao Cânion do São Francisco, que dura o dia todo. Procure as agências de viagem e defina o que quer conhecer, onde almoçar e o que está incluído com antecedência para não ter dor de cabeça.

Partindo de Aracaju (SE) para Canindé há diversos percursos, mas todos eles originam na BR 101. Pode-se ir pela BR 235, sentido Itabaiana/ Nossa Senhora da Glória/ Canindé (Rota do Sertão). Depois de Itabaiana, segue-se pela SE 414, SE 212, e por último SE 208. A estrada está totalmente recuperada.

Tobias Barreto fica a 127km de Aracaju e poderá ir pela BR 101, sentindo Bahia. Já Itabaiana, segue pela BR 101, depois BR 235 e poucos 35km chega a cidade, que realiza sua feira a partir da sexta-feira.

Gastroterapia.

Os pratos derivados dos produtos rurais, a exemplo do milho, do côco, da tapioca ralada, do queijo fazem a festa na gastronomia das feiras de Sergipe.

Feira que não tem arroz doce ou mungunzá não é feira. Serve como uma entradinha para o prato principal recheado de carne de sol, macaxeira, manteiga de gado e um café preto coado na hora. Tradições, aromas, cheiros e gostos mantidos.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/blogs/silviooliveira

Sabor Sergipe

 Mungunzá de milho.

 Beiju molhado.

 Carne de sol com macaxeira.

 Pé de moleque.

 Ouricuri, coquinho, adicuri é vendido.

Coco ralado, castanha, camarão defumado.
Fotos e informações de legenda: Sílvio Oliveira.
Reproduzidas do site: infonet.com.br/blogs/silviooliveira

Cidade turística de Pirambu





Fotos: Sílvio Oliveira.
Reproduzidas do site: infonet.com.br/blogs/silviooliveira

Lagoa dos Tambaquis


Lagoa dos Tambaquis.

A lagoa dos tambaquis fica bem próxima da praia do Abaís, que fica localizada a 10 km da Praia do Saco, e também está localizada no município de Estância, possui a Praia de Abaís com 20 km de extensão. A principal atração da Praia de Abaís é a Lagoa Grande, também conhecida como Lagoa dos Tambaquis e Lagoa Cristal. Com nove quilômetros de extensão, é a maior lagoa natural de Sergipe.

Lagoa dos Tambaquis

É uma atração turística, principalmente para as crianças, mas os adultos podem se divertir também. Portanto, para quem está indo à Praia do Saco, vale uma paradinha lá sim, principalmente se estiver indo por conta própria (carro alugado, tour privativo etc.), já que nem todas as agências de turismo incluem a lagoa no traslado à Praia do Saco (peça pelo descritivo do tour, se fizer questão de parar na Lagoa).

Localizada dentro de um camping, é possível visitar a Lagoa e nadar em meio aos tambaquis, que chegam a pesar 20 kg. Os visitantes também podem alimentá-los, dando-lhes na boca a ração adquirida no local. Além destes enormes peixes, cerca de dez outras espécies podem ser encontradas na lagoa.

O que a Lagoa dos Tambaquis tem de divertido é exatamente o que o nome do lugar diz: uma lagoa de tambaquis, que são uma espécie de peixe que pode atingir 90 centímetros de comprimento. Nessa lagoa, você pode alimentá-los com ração comprada no local (um saquinho custa em média R$2,00) e o resultado será um monte de peixes ao seu redor, querendo comer toda a comida. Dá para alimentá-los e ter um contato bem próximo.

A Lagoa dos Tambaquis, que é a maior lagoa natural de Sergipe, fica em uma propriedade particular e tem a infraestrutura de um restaurante e um bar como suporte...

Como chegar a Lagoa dos Tambaquis?

Partindo de Aracaju, o caminho mais fácil e bonito para chegar às praias do litoral sul de Sergipe é seguir até a ponte Jornalista Joel Silveira, que atravessa o rio Vaza-Barris, e pegar a rodovia Airton Senna. Para quem vem da Bahia é pegar a linha verde em direção a Aracaju.

Texto e imagem reproduzidos do site: sergipeturismo.com

Praça com coreto, no município de Simão Dias/SE.

Foto reproduzida do site: sergipeturismo.com

Fim de tarde na cidade de Aracaju

Rio Sergipe, em segundo plano, o fim de tarde na cidade 
de Aracaju/SE., vista do município da Barra dos Coqueiros/SE.
Foto reproduzida do site: sergipeturismo.com

Culinária Sergipana


Culinária Sergipana

A culinária sergipana está bastante ligada a elementos encontrados na zona litorânea e nos rios que cortam o estado. O caranguejo e o guaiamu são bastante apreciados. Frutos do mar como sururu, ostra e camarão também fazem parte da culinária típica do estado. Na região sul de Sergipe, na praia do Saco e de Abaís é possível encontrar a moqueca de siri na palha de ouricuri.

Outro ingrediente bastante presente na culinária sergipana é o milho. Nos festejos juninos, principalmente, são consumidos bolos, canjicas e pamonhas. Outros pratos preparados são a tapioca e beiju de mandioca, além de sucos e licores de frutas típicas como jenipapo, tamarindo e umbu. O caranguejo é um prato típico em Sergipe.

A típica carne de sol recebe um importante parceiro que é o pirão de leite. A água e a carne do coco, fruto característico de regiões costeiras, são bastante apreciados. Assim como os sucos de frutas nativas como mangaba, caju, umbu, cajá e pitanga. Ainda é comum escutar os pregões de ambulantes: “sarôio, beiju molhado, malcasado e pé-de-moleque!”. São comidas gostosas de herança da culinária indígena e africana vendida nas ruas.

Culinária Sergipana em Números

Segundo pesquisa em 2003 da “Federação Sergipana de Turismo Resgate e Incentivo ao Artesanato e Alimentos Típicos” (FESTURIART); o sergipano é o maior consumidor nacional de amendoim verde cozido (30 mil toneladas por ano), 95% dos entrevistados relataram consumir o produto. Ainda segundo a pesquisa, nos hábitos alimentares de Sergipe também é muito frequente, em ordem decrescente, o consumo da mandioca cozida com carne de sol ou outro tipo de carne; dos frutos do mar; da tapioca; da água de coco; do manauê; da canjica; da pamonha; do milho cozido; do saroio e malcasado; do pé de moleque nordestino; da maniçoba e do maturi.

Em 24 de março de 2011, foram reconhecidos como patrimônios imateriais de Sergipe vários alimentos típicos como o amendoim verde cozido, a queijada, o manauê, a bolachinha de goma, o doce de pimenta, o pé-de-moleque de massa puba, a tapioca, o macasado e o sarôio.

Texto e imagem reproduzidos do site: sergipeturismo.com/culinaria-sergipana

Cidade Histórica de São Cristóvão


Fotos reproduzidas do blog: pelonordeste.wordpress.com

Cidade Histórica de São Cristóvão

Foto reproduzida do blog: pelonordeste.wordpress.com

Amendoim cozido

Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa), em Aracaju/SE.
Foto: arquivo do Portal Infonet.
Reproduzida do site: infonet.com.br

sábado, 28 de janeiro de 2017

Sabor Sergipe





Gastronomia.

A culinária sergipana é um festival de gostos, aromas e cores. O sergipano cultiva o hábito de "quebrar" caranguejo regado ao vinagrete, como complemento de uma boa prosa na mesa de bar. O guaiamum, outra espécie também extraída dos mangues, pode ser servido com um delicioso pirão. Na Passarela do Caranguejo, além do petisco mais famoso da cidade, é possível degustar casquinhas de siri, aratu, a caldinhos de sururu, ostra e camarão. Nas praias do Abaís e do Saco é possível encontrar a saborosa moqueca de siri na palha de ouricuri.

A típica carne de sol recebe um importante parceiro que é o pirão de leite. A água e a carne do coco, fruto característico de regiões costeiras, são bastante apreciados. Assim como os sucos de frutas nativas como mangaba, caju, umbu, cajá e pitanga. Ainda é comum escutar os pregões de ambulantes: "sarôio, beiju molhado, malcasado e pé-de-moleque!". São comidas gostosas de herança da culinária indígena e africana vendida nas ruas.

No período junino, a culinária a base de milho ganha força. Neste período é possível apreciar receitas como canjica, bolo de milho, mugunzá, entre outros. Tem ainda as tapiocas, queijo assado e licores de jenipapo, pitanga e maracujá e o amendoim cozido, verdadeira paixão do sergipano. A culinária à base de frutos do mar recebe o reforço dos peixes de água doce considerando a proximidade do Rio São Francisco o que facilita esta oferta.

Entre a vasta relação de ingredientes que dão sabor à culinária sergipana, o coco é sem dúvida utilizado em diversos pratos. Com presença marcante na paisagem litorânea, os coqueirais dão base de sustentação à economia sergipana. Dele nada se perde, desde as raízes, utilizadas como chá para remédios caseiros, à água e a carne do coco que são bastante apreciados e utilizados em doces exclusivamente sergipanos. Um exemplo é a queijada, que apesar do nome, tem o seu principal ingrediente o coco, que lhe concede um sabor inconfundível.

Na região de Nossa Senhora da Glória encontra-se a maior bacia leiteira do estado. Lá é possível comprar queijos, requeijão e iogurte. Recentes iniciativas de cooperativas locais estimulam também a produção de derivados do leite cabra. Passando por aquela cidade o turista pode degustar um pedaço de queijo de leite de cabra, assim como iogurtes e doces de leite.

Texto e imagens reproduzidos do site: turismosergipe.net/gastronomia

Amendoim cozido é patrimônio imaterial do estado de Sergipe

Foto reproduzida do site: diariodaregiao.com.br
Postada por MTéSERGIPE, para ilustrar o presente artigo.

Amendoim cozido é patrimônio imaterial do estado de Sergipe.

Quem vem a Sergipe, tem a oportunidade de experimentar diversos sabores da gastronomia regional. O caranguejo, a tapioca, as iguarias de milho e diversos outros pratos que são típicos do estado atraem muitos turistas pela boca! Um desses sabores autenticamente sergipanos é o do amendoim verde cozido: apesar de não ser uma iguaria exclusiva do nosso estado, a forma como ele é produzido e consumido é muito específica do povo sergipano. Seu cozimento com amendoim cozidoágua, sal e limão, bem simples e artesanal, deixa o alimento com sabor característico e muito apreciado como aperitivo.

Esta maneira de consumi-lo foi descoberta por acaso. O amendoim já era produzido em Sergipe, cozido em salmoura e mantido no próprio caldo. Um dia, um produtor decidiu adicionar limões no momento do cozimento, com o intuito de conservar o alimento. Ao verificar que o resultado não era o esperado e acreditando que teria prejuízos decorrentes do "erro", o produtor deixou o amendoim secar, escorrendo numa peneira. Ao prová-lo, depois de seco, ele percebeu que havia descoberto uma nova forma de produzir o amendoim.

Por conta disto e da paixão do sergipano por este petisco natural, é que foi sancionada uma lei estadual que reconhece o amendoim como patrimônio imaterial de Sergipe. A nova lei contempla tanto a preservação de um bem cultural típico, como também reforça a importância do produto no comércio local. Atualmente, Sergipe possui mais de 5 mil vendedores autônomos de amendoim verde cozido, que diariamente produzem e comercializam cerca de 84 toneladas do alimento. Isso faz com que o estado seja exportador do produto para outros lugares da federação como Bahia e São Paulo.

Venha conhecer o nosso estado, experimente os seus sabores e aprecie o que de melhor nossa gente tem para oferecer!... Conheça-nos e descubra Sergipe!

Fonte: site.celihotel.com.br

Histórico de Aracaju

Imagem reproduzida do site: jornalggn.com.br
Postada por MTéSERGIPE, para ilustrar o presente artigo.

Histórico de Aracaju/SE.

A história da capital de Sergipe, Aracaju - antigo povoado Santo Antônio de Aracaju, é uma das mais inusitadas. Sua fundação ocorreu inversamente ao convencional. Ou seja, não surgiu de forma espontânea como as demais cidades, foi planejada especialmente para ser a sede do Governo do Estado. Passou à frente de municípios já estruturados, principalmente São Cristóvão, do qual ganhou a posição de capital. Acredita-se que uma capelinha, a Igreja de Santo Antônio, erguida no alto da colina, tenha sido o início da formação do arraial que se transformaria depois na capital do Estado.

A cidade de Aracaju, surgiu de uma colônia de pescadores que pertencia juridicamente a São Cristóvão. Seu nome é de origem tupi, e, segundo estudiosos da língua indígena, significa cajueiro dos papagaios.

Por ter o privilégio de estar localizado no litoral e ser banhado pelos rios Sergipe e Vaza-Barris, o pequeno povoado foi escolhido pelo presidente da província, Inácio Joaquim Barbosa, para ser a sede do Governo. Deixou para trás, além de São Cristóvão, grandes cidades como Laranjeiras, Maruim e Itaporanga d'Ajuda.

Inácio Barbosa assumiu o governo em 1853 com o desejo de fazer prosperar ainda mais a província. Ele sabia que o desenvolvimento do Estado dependia de um porto para facilitar o escoamento da produção. Apesar do desenvolvimento econômico e social de várias cidades no Estado, faltava essa facilidade. O presidente da Província contratou o engenheiro Sebastião José Basílio Pirro (homenageado com nome de rua em Aracaju) para planejar a cidade, que foi edificada sob um projeto que traçou todas as ruas em linha reta, formando quarteirões simétricos que lembravam um tabuleiro de xadrez.

Com a pressa exigida pelo Governo, não houve tempo para que fosse feito um levantamento completo das condições da localidade, criando erros irremediáveis que causam inundações até hoje. O projeto da cidade se resumia em um simples plano de alinhamentos de ruas dentro de um quadrado com 1.188 metros. Estendia-se da embocadura do Rio Aracaju (que não existe mais), até as esquinas das avenidas Ivo do Prado com Barão de Maruim, e a Rua Dom Bosco, antiga São Paulo.

A cidade cresceu inflexível dentro do tabuleiro de xadrez. Aterrou vales e elevou-se nos montes de areia. Foram feitas desapropriações onerosas e desnecessárias, para que o projeto mantivesse a reta. A única exceção foi uma alteração imposta pelo próprio presidente, permitindo que a Rua da Frente ganhasse uma curva, criando a bela avenida que margeia o Rio Sergipe.

As terras de Aracaju originaram-se das sesmarias, doadas a Pero Gonçalves por volta de 1602. Compreendiam 160 quilômetros de costa, que iam da barra do Rio Real à barra do Rio São Francisco, onde em toda as margens do estuário não existia uma vila sequer. Apenas eram encontrados arraiais de pescadores. Há notícias de que às margens do Rio Sergipe, em 1669, existia uma aldeia chamada Santo Antônio do Aracaju, cujo capitão era o indígena João Mulato.

Quase um século depois, essa comunidade encontrava-se incluída entre as mais importantes freguesias de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Tomar do Cotinguiba.

Os fatos mais relevantes da vida política de Aracaju estão registrados a partir de 1855. O desaparecimento das lutas e agitações da vida colonial possibilitou o crescimento da economia. O açúcar, produto básico da província, era transportado por navios que traziam em troca mercadorias e as notícias do reino.

Gentílico: aracajuano

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Aracaju, pela lei provincial nº 473, de 28-031837.

Elevado à categoria de município e capital do Estado de Sergipe, pela lei provincial nº 473, de 17-03-1855. Sede no atual distrito de Aracaju. Constituído do distrito sede.

Pela lei municipal nº 84, de 27-01-1903, são criados os distritos de Barra dos Coqueiros e Porto Grande e anexado ao Município de Aracaju.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de 3 distritos: Aracaju, Barra dos Coqueiros e Porto Grande.

Assim permanecendo nos quadros do Recenseamento Geral de 1-1X-1920.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece constituído de 2 distritos: Aracaju e Barra dos Coqueiros. Não figurando o distrito de Porto Grande. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950.

Pela lei estadual nº 525-A, de 25-11-1953, desmembra do Município de Aracaju o distrito de Barra dos Coqueiros. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Fonte: IBGE.

Texto reproduzido do site: ibge.gov.br

Teatro Tobias Barreto, em Aracaju

Foto reproduzida do site: arcoweb.com.br

Antigo cartão postal do Palácio Serigy, em Aracaju

Foto reproduzida do Google.

Antiga imagem do Hotel Palace de Aracaju

Foto: cartão postal da Ótica Santa Luzia.
Reproduzida do Google.

Antiga imagem da Ponte do Imperador, em Aracaju

Foto reproduzida do Google.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Parque Aquático Zé Peixe, anexo ao Estádio Estadual Lourival Baptista

Parque Aquático Zé Peixe, anexo ao Estádio
Estadual Lourival Baptista, em Aracaju/SE.
Foto reproduzida do blog: projeto200.wordpress.com

Espaço Zé Peixe, na Avenida Rio Branco, em Aracaju

Foto reproduzida do blog: projeto200.wordpress.com

Detalhe, retratando o lado do Palácio-Museu Olímpio Campos

Detalhe, retratando o lado do Palácio-Museu Olímpio Campos,
no centro histórico da cidade de Aracaju - Sergipe.
Foto reproduzida do blog: projeto200.wordpress.com

Sede da OAB/SE., em Aracaju

Foto reproduzida do blog: projeto200.wordpress.com

Igreja São José, Praça Tobias Barreto, em Aracaju

Foto reproduzida do blog: projeto200.wordpress.com

Detalhes arquitetônicos, do Mercado Municipal de Aracaju

Foto reproduzida do blog: projeto200.wordpress.com

Praia de Atalaia, em Aracaju

Foto reproduzida do blog: projeto200.wordpress.com

Terminal Rodoviário Governador José Rollemberg Leite, em Aracaju

Foto reproduzida do blog: projeto200.wordpress.com

Avenida Ivo do Prado (Rua da Frente), em Aracaju

Foto reproduzida do blog: projeto200.wordpress.com

Cidade de Aracaju, vista do município de Barra dos Coqueiros

Cidade de Aracaju/SE., vista do município de
Barra dos Coqueiros/SE., separada pelo Rio Sergipe
Foto reproduzida do blog: projeto200.wordpress.com

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Prédio da Câmara de Vereadores de Aracaju

Foto: César de Oliveira.
Foto reproduzida do site: camaradearacaju.com.br

Palácio Serigy, Praça General Valadão, em Aracaju

Aracaju de Outrora: Revivendo o Passado.
Foto: Acervo Alô Sergipe.
Reproduzida do site: alosergipe.com.br

Praça Fausto Cardoso, em Aracaju

Aracaju de Outrora: Revivendo o Passado.
Foto: Acervo Alô Sergipe.
Reproduzida do site: alosergipe.com.br

Praça Fausto Cardoso, em Aracaju

Aracaju de Outrora: Revivendo o Passado.
Foto: Acervo Alô Sergipe.
Reproduzida do site: alosergipe.com.br

Sede do Corpo de Bombeiros, Rua Siriri, em Aracaju

Aracaju de Outrora: Revivendo o Passado.
Foto: Acervo Alô Sergipe.
Reproduzida do site: alosergipe.com.br

Mercado Municipal de Aracaju

Aracaju de Outrora: Revivendo o Passado.
Foto: Acervo Alô Sergipe.
Reproduzida do site: alosergipe.com.br

Torre do Relógio, no mercado Municipal de Aracaju

Imagem: @shvioli
Reproduzida do site: imgrum.net/media