domingo, 11 de fevereiro de 2018

Petrônio Gomes

Foto reproduzida do Facebook/Petrônio Gomes, 
postada pelo blog "SERGIPE..."

Texto publicado originalmente no Facebook/ Amaral Cavalcante, em 10/02/2018

Petrônio Gomes

Por Amaral Cavalcante.

Foi-se, para a ansiada vida eterna ao lado do Cristo e da mulher que amava, o maior cronista da vida sergipana. Petrônio Gomes era uma referência de perspicácia e apuro literário que tocou minha adolescência, ainda em Simão Dias. De ouvido pregado na excelente Rádio Cultura de antigamente eu ouvia, religiosamente, sua voz dolente declamar as crônicas poéticas que escrevia com cuidadosa elegância sobre fatos da vida sergipana e jurava um dia conhecê-lo para que ele soubesse que até nos rincões do esturricado sertão sergipano sua voz era ouvida e guardada com amorosa dedicação.

Ao me mudar para Aracaju, na primeira metade dos anos 1960, trouxe o firme propósito de conhecê-lo pessoalmente mas tanto enveredei pelos caminhos da rebeldia juvenil - característica daqueles tempos lisérgicos – que fui deixando para depois o nosso encontro, temendo que a firme religiosidade católica do cronista não aceitasse a minha iconoclastia juvenil. Somente agora, por ocasião da formatação da Revista Cumbuca, curti a emoção de visita-lo para externar minha cultivada admiração e receber a devida autorização para publicar, na revista, duas das suas crônicas imorredouras.

Petrônio merece agora, cujo passamento tornará evidente a falta do seu estro, a publicação de uma Seleta das suas melhores crônicas, remetendo ao futuro em nossas empobrecidas estantes a genialidade sergipana provada em tantos anos de apaixonado labor.

Foi-se o mestre, que fique eternizado o amor que lhe dedicamos e a unânime reverência que lhe prestamos.

Texto reproduzido do Facebook/Amaral Cavalcante.

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