sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Petrônio Gomes

Foto reproduzida do Facebook/Petrônio Gomes

Texto publicado originalmente no Facebook/Luiz Araújo, em 10 de fevereiro de 2018

Petrônio Gomes
Por Luiz Araújo

Conheci Petrônio Gomes ainda como colega no Banco do Brasil. Logo no primeiro contato, percebi que estava diante de uma personalidade extraordinária, uma enciclopédia de conhecimentos! Trabalhava calado, não jogava "conversa fora" mesmo nos intervalos! Aconteceu que Deus me deu o dom de fazer as pessoas falarem sobre seu mundo interior! Sempre conseguia uma forma de arrancar uma ligeira conversa c Petrônio. Aprendi muito com esses "papos". 

Nas várias emissoras por onde passou, deixou a sua marca de um radialista de escolas. Os programas que produzia e apresentava cativam os ouvintes. Foram lições que formaram uma geração de radialistas! Uma dicção perfeita, um português burilado sem deixar a simplicidade eloquente. 

Uma voz clara e cheia de doçura. Atraente, cativante. Um católico fervoroso, um humanista sem par, um cronista que nos alimentava com a esperança de que é possível criar um mundo. Um memorialista que conhecia as belas coisas do passado que não podem morrer. Era sincero e ousado em suas apreciações, utilizando a ironia em sua forma mais perfeita! Fez parte da equipe do Programa Sementes Musicais patrocinado pela Sofise. Programas que ficaram na memória! Amante dos "clássicos" da música e da literatura, conhecedor da obra dos grandes compositores, dominava a grande música popular e a história de seus criadores. Sempre gostei de enviar comentários sobre as suas ricas postagens! Um "gentleman" que me enviava um retorno que me estimulava, fazendo referência ao meu Programa na Rádio Aperipê! Uma grande honra para mim! O porto natural da vida é a morte, a vida em comunhão com o Criador! Petrônio deixou um vácuo imenso na Cultura de Sergipe e um abismo enorme na alma das pessoas que o conheceram! Tenho a revelar que alguma das minhas paixões se foram com ele… 

Por outro, personagens desse naipe nunca "morrem", apenas desaparecem de nosso horizonte material, pois permanecem para sempre como se estivessem vivos, no Universo de nossa imaginação! Minha solidariedade aos familiares e amigos de " un' uomo d'oro". 

Deus o tenha em sua maior glória!

Texto reproduzido do Facebook/Luiz Araújo

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